Nos últimos anos, a presença da Geração Z no ambiente de trabalho se tornou um dos assuntos mais discutidos em plataformas como o LinkedIn.
De um lado, gestores frustrados apontam a falta de interesse por cargos de liderança e comprometimento com o trabalho tradicional.
De outro, especialistas e jovens profissionais explicam: não se trata de falta de ambição, mas sim de um novo olhar para o trabalho que é mais humano, mais equilibrado e mais conectado com propósito.
Até 2030, a Geração Z deve representar 30% da força de trabalho global. Quando somada aos millennials, essa porcentagem salta para 75%. Ou seja, entender como lidar com esses profissionais não é mais uma opção, mas sim uma estratégia essencial para quem quer reter talentos, promover bem-estar e manter equipes engajadas.
Mas afinal: por que a Geração Z parece fugir de cargos de liderança? O que ela valoriza? E como as empresas podem se adaptar a esse novo cenário? Neste artigo, vamos te ajudar a entender, liderar e se conectar com a Geração Z no ambiente de trabalho.
Quem é a Geração Z?
A Geração Z é composta por pessoas nascidas entre 1997 e 2012. São nativos digitais, o que significa que cresceram cercados por tecnologia, internet e redes sociais. Isso moldou não apenas sua forma de se comunicar, mas também sua maneira de aprender, se relacionar e trabalhar.
Essa geração valoriza autenticidade, diversidade e tem uma relação muito mais crítica com o trabalho do que gerações anteriores.
Para eles, trabalhar apenas por dinheiro não é suficiente. É preciso sentir propósito e fazer parte de algo significativo.
O que a Geração Z busca no mercado de trabalho?
Segundo uma pesquisa da Deloitte de 2025, os principais fatores que a Geração Z considera essenciais em uma empresa são:
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Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
A geração Z no ambiente de trabalho prioriza o equilíbrio. Apenas 6% têm como objetivo alcançar cargos de liderança. O foco está em bem-estar e qualidade de vida. -
Oportunidades de aprendizado e crescimento
Aprender e evoluir é essencial para essa geração. Sete em cada dez jovens desenvolvem novas habilidades semanalmente, mostrando uma forte motivação por crescimento constante. -
Carreira com propósito e significado
Trabalhos que fazem sentido e geram impacto social são cada vez mais valorizados. Eles querem se sentir úteis e parte de algo maior, além de simplesmente cumprir tarefas. -
Liderança que apoia e inspira
A geração Z busca gestores que ofereçam mentoria, motivação e orientação. Muitos sentem que os líderes atuais se concentram apenas em supervisionar tarefas e negligenciam o apoio emocional e o desenvolvimento individual. -
Formação prática e acessível
Quase um terço dos jovens optou por não seguir o caminho tradicional da universidade. O alto custo e a dúvida sobre o retorno do investimento fazem com que cursos práticos e experiências reais ganhem mais destaque. -
Habilidades humanas como diferencial
Mesmo em um mundo cada vez mais tecnológico, a geração Z entende que soft skills como empatia, comunicação e gestão de tempo são fundamentais para o sucesso profissional no ambiente de trabalho. -
Tecnologia como aliada
Mais da metade já usa inteligência artificial no dia a dia. Eles enxergam a tecnologia como uma ferramenta que melhora a produtividade, mas também têm receios sobre seu impacto no futuro das vagas de emprego.
Além disso, os jovens da Geração Z buscam:
- Segurança financeira
- Bem-estar físico e emocional
- Ambientes inclusivos e diversos
- Projetos com impacto positivo na sociedade
- Empresas com valores e causas alinhadas aos seus princípios
Os três pilares do trabalho para eles são o bem-estar, propósito e segurança financeira.
Quais habilidades a Geração Z mais valoriza?
As famosas soft skills estão no topo da lista de prioridades daqueles nascidos entre 1997 e 2012. Embora valorizem o domínio técnico em suas áreas de atuação, essa geração entende que ser um bom profissional vai além de dominar ferramentas e processos.
Saber se comunicar com clareza, demonstrar empatia, ter atitude de liderança, criar conexões genuínas e atuar de forma mais humana são atributos que a Geração Z valoriza e busca desenvolver.
Mais do que isso: eles esperam que seus líderes também compartilhem dessas habilidades. Não basta cobrar resultados se a gestão não entrega acolhimento, clareza e uma escuta ativa.
O desenvolvimento pessoal e o aprendizado contínuo são necessidades constantes para essa geração. Como gestor, incentivar esse crescimento é um caminho promissor para criar um ambiente de trabalho mais produtivo, engajado e conectado.
Como a Geração Z se comporta no ambiente de trabalho?
Para quem pertence a gerações anteriores, a Geração Z pode parecer “preguiçosa”, “desmotivada” ou até “difícil de lidar”. Mas essa percepção normalmente nasce da resistência em compreender que o mundo mudou, e o trabalho também.
A Geração Z valoriza flexibilidade, propósito e impacto. Não querem que o trabalho seja o único pilar da vida. Buscam equilíbrio e qualidade de vida. Para eles, trabalhar é uma forma de sustentar sua vida nos horários fora do escritório, como hobbies, viagens e tempo de qualidade com pessoas próximas.
Por isso, preferem empresas que reconhecem e respeitam suas necessidades. Entre os fatores mais valorizados estão:
- Horários flexíveis ou possibilidade de trabalho remoto
- Programas de aprendizado e desenvolvimento
- Benefícios voltados à saúde física e mental
- Atividades com propósito e impacto positivo
Há uma mudança visível de mentalidade: menos “trabalhar além do expediente” e mais “respeitar o horário de trabalho”. Com o apoio da tecnologia e da inteligência artificial, essa geração aprendeu a executar tarefas com mais eficiência e, por isso, não vê sentido em ficar horas ociosos apenas para “cumprir horário”.
Além disso, o ambiente físico de trabalho também importa. Espaços que promovem bem-estar, momentos de pausa e conforto são valorizados. Estar em um lugar que acolhe sua rotina e saúde mental é um diferencial.
Como lidar com a Geração Z no ambiente de trabalho?
Liderar a Geração Z exige adaptação. A seguir, algumas práticas que ajudam a criar uma gestão mais eficaz e humanizada:
- Vá além do controle de tarefas: ofereça apoio emocional, escute suas dificuldades e esteja disponível para orientá-los.
- Respeite a vida fora do escritório: eles não se definem apenas pelo cargo. Mostrar que você reconhece isso fortalece a confiança.
- Entenda as diferenças geracionais: a paciência e a empatia são essenciais para construir conexões e gerar valor.
- Crie desafios e mantenha o movimento constante: tarefas repetitivas e sem sentido desmotivam. Explique o “porquê” de cada atividade. Propósito é fundamental.
- Invista no desenvolvimento: ofereça cursos, mentorias, conselhos estratégicos, palestras e oportunidades reais de crescimento. Feedbacks contínuos também são muito valorizados. Mostrar que acredita no potencial deles é um estímulo poderoso.
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Conclusão
Lidar com a Geração Z no ambiente de trabalho pode ser desafiador no início, mas é também uma grande oportunidade de crescimento. Líderes que se adaptam, escutam e inovam têm mais chances de construir equipes engajadas e preparadas para o futuro. Converse com os jovens da sua empresa, entenda o que valorizam e implemente mudanças com propósito. Uma cultura organizacional forte, conectada com impacto e propósito, é essencial para manter a sustentabilidade e a produtividade a longo prazo.
- Geração Z no ambiente de trabalho: o que eles buscam e como liderar com sucesso - 29 de maio de 2025